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sábado, 14 de agosto de 2010


Por trás das câmeras

Alguns filmes que assistimos,
Muitos pensam que há verdade,
Mas não vê que por trás disso
Não há realidade.

Eu não vou falar de filme
De novela ou ficção
Vou falar do meu país
Da minha escola e do
Meu amado sertão.

Meu país é muito lindo,
Mas não é isso não
Tem miséria e violência
Fanatismo e corrupção.

Num país onde há roubo
Quase tudo é fantasia
Tudo se acaba em pizza
No plenário de Brasília.

E o povo sem caráter
Escute aí meu grande irmão
Faz de ti um grande otário
Na hora da eleição.

Os reflexos dizem tudo
Já está em toda parte
Tá até na minha escola
Onde deveria ser prioridade.

Muitas vezes não há renda
Para o que tanto deveria
Muitos queixam da merenda
Sentem fome todos os dias.

E para ir à escola
Só desprezo e sofrimento
De pau-de-arara e bicicleta
Ou no lombo de um jumento.

É nessa via sacra
Sobre um sol muito escaldante
Que os queimam e os maltratam
E aquecem como chama
Não lhes deixam virar cinzas
A sua imensa esperança.

Se não é com o governo
É com a nossa própria escola
Sempre no início do ano nada
Mas se há aula não cooperam
Só bagunçam e quebram tudo
E o professor já irritado
Tem o assunto como dado.

Deixando esse assunto
Tenha sempre educação
Vou falar onde nasci
No meu querido sertão.

Meu sertão sempre esquecido
Desde a época da proclamação
Foi denunciado por um mestre
Que a república se opunha
Nesse mestre tão saudoso
Amado Euclides da Cunha.

Relatou que o nordeste
Era uma parte esquecida
E note nos tempos modernos
Será que isso ainda predomina?
Que predomina não há dúvidas
Sempre há desigualdade
Seca, fome e miséria
Fazem parte da nossa realidade.

De um povo corajoso
De cultura regional
São todos muitos guerreiros
Como dizia Euclides
Não podem ser comparados
Aos neurastênicos do litoral

Já falei do que devia
Mas não dá para falar tudo
Se eu falasse o que penso
Não teria tempo no mundo
Seria preciso uma folha
Que desse uma volta ao mundo.

Mas eu não preciso disso
Par lhes falar a verdade
Falo por meio da escrita
Uma das maravilhas da humanidade
Onde vem tudo o que te passam
É a mais pura realidade.

Poema de Mateus Pereira, aluno da 4ª série B

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